Assim como acontece com as garotas, o adolescente ter uma vida saudável é seu direito. É responsabilidade da família, da sociedade e do Estado garantir que todo rapaz tenha direito à vida e à saúde. Isto consta no artigo 227 da Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O ECA é uma lei que contém todos os direitos das pessoas com menos de 18 anos de idade.
Sabe o que é ter saúde? É se preocupar com o próprio corpo, cuidar dele, seja se alimentando bem, fazendo exercícios físicos, estando com os amigos, divertindo-se, sendo feliz.
Para isso, há algumas dicas, como ingerir alimentos saudáveis; se hidratar bem, bebendo água muitas vezes ao dia; evitar tomar sol em horários muito quentes; dormir todo dia ao menos oito horas; e tomar banho diariamente.
Se um dia precisar de um médico, é seu direito ser atendido na rede pública, em equipamentos como a unidade básica de saúde (UBS), que é parte do Sistema Único de Saúde (SUS), e também são oferecidas pelo Governo do Estado de São Paulo.
Durante a consulta, você pode estar sozinho no seu atendimento, ou seja, não é obrigado a estar com pais ou responsável. O médico tem a obrigação de manter o sigilo sobre as informações e o que ocorreu na consulta, podendo só “abrir o jogo” para seus pais ou responsável se você concordar ou se houver risco de prejudicar a sua saúde ou de outra pessoa.
Enquanto adolescente, você também tem algumas vacinas que precisa e que estão disponíveis na rede pública de saúde. Confira na tabela abaixo quais são:
Calendário Nacional de Vacinação Adolescentes de 11 a 19 anos |
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Vacina | Doses (intervalo)* | Doenças Evitadas |
Hepatite B | 3 doses | Hepatite B |
dT - dupla do tipo adulto | Uma dose (gestante) | Difteria, tétano e coqueluche |
Febre amarela | Uma dose a cada 10 anos | Febre amarela |
Tríplice viral | 2 doses | Sarampo, caxumba e rubéola |
* Conforme o esquema de vacinação que a adolescente teve na infância ou por orientação do Ministério da Saúde, o número de doses da vacina pode variar
Puberdade e sexualidade
Na adolescência o corpo de menino começa a se transformar no corpo de rapaz, porque chega a puberdade. O seu crescimento fica mais rápido, como se você “espichasse”. Claro que cada um no seu próprio tempo biológico, o que significa que o crescimento pode não ser ao mesmo tempo e igual ao do seu amigo.
Para elas, os estímulos hormonais fazem os seios aparecerem e crescerem pelos nas axilas e na vulva, que é a parte externa da genitália das garotas.
Nesse período, os ombros ficam mais largos e aumenta gradativamente a força e a musculatura, que pode dobrar de tamanho. Por causa dos hormônios, podem ocorrer mudanças no seu tom de voz. Os testículos e o pênis aumentam e aparecem pelos na região pubiana, no rosto, nas axilas e em todo o corpo.
Junto com a puberdade vem o avanço na sexualidade. Assim como acontece para as garotas, a sexualidade é algo presente desde sempre na vida do adolescente e também não se resume apenas ao sexo.
Na adolescência, a sexualidade passa a envolver a afetividade, o prazer e o exercício da liberdade. É quando pode acontecer a primeira relação sexual – uma cobrança cultural, aliás, forte sobre vocês, rapazes, mas que cada um deve fazer apenas no melhor tempo que achar para si.
Só que desde a primeira relação sexual, é super-hiper-mega importante utilizar os métodos contraceptivos. No caso dos adolescentes, a camisinha é o principal meio. Com ela, você se protege das infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a Aids, e ainda evita a gravidez.
Porque, sim, se a sua parceira engravidar, você também ficou “grávido”.