CRAVI bate recorde de atendimentos no primeiro quadrimestre do ano

O Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI), programa da Secretaria da Justiça e Cidadania, bateu recorde de atendimentos no primeiro quadrimestre deste ano. Foram contabilizados 1.049 atendimento nos meses de janeiro a abril. No mesmo período de 2018, foram 452 atendimentos contabilizados.

O número de atendimentos registrado nesse primeiro quadrimestre jamais foi atingido em quatro meses, desde a criação do programa, em 1998.

Contribuiu para a marca o atendimento prestado em Suzano desde o ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em 13 de março, tragédia que deixou 10 mortos. Do dia do ataque até 30 de abril, o CRAVI prestou 495 atendimentos, direcionados a alunos sobreviventes, seus familiares, funcionários e professos impactados pelo ataque a tiros.

“A experiência da Escola Raul Brasil foi fundamental para difundir a importância de se falar sobre violência, nos mais diferentes contextos, inclusive, no escolar”, avalia Bruno Fedri, psicólogo do CRAVI.

Além de Suzano, outros 554 atendimentos foram realizados na sede do CRAVI, no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital. Ali são atendidas diariamente as vítimas de crimes graves, incluídas as de violência doméstica.

Convênio assinado com o Tribunal de Justiça de São Paulo, em 2016, possibilitou ao CRAVI, por telefone, vítimas de violência doméstica cujos autores passaram por audiências de custódia, a fim de relatar o resultado das audiências.

O Programa está em fase de expansão. Em abril, a Secretaria da justiça firmou um convênio com a Prefeitura de Barueri para a instalação de uma unidade do CRAVI no município. A Prefeitura cederá um local para a instalação responsabilizando-se, ainda, pela disponibilização equipe técnica, com psicólogos e assistentes sociais, além equipe administrativa. A Justiça capacitará os profissionais e fará o monitoramento e supervisão técnica do atendimento prestado por meio do programa.

O CRAVI realiza ainda oficinas mensais para profissionais e servidores das áreas de saúde, assistência social, direito, psicologia, e educação, e a estagiários e estudantes que atuam no atendimento direto à população.

Em 2018, o programa promoveu nove oficinas e capacitou 848 profissionais. As capacitações que tiveram maior número de aprovação entre os participantes foram: Violência nos Estádios (94%), Assédio Sexual (88%), Prevenção ao Suicídio (86%), Políticas LGBT (85%), Pessoas com Deficiência (84%), Bullying (83%); Trabalhando com Vítimas (78%); e Grupo de Homens autores de Violência Doméstica (71%).

Neste ano já foram capacitados 565 profissionais. As temáticas abordadas foram “Compreendendo e trabalhando a automutilação”, “Importunação Sexual e a Violência Contra a Mulher” e “Dependência Química: Cuidados na Prevenção e no Tratamento”.

CRAVI

O Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI) completou 20 anos em 2018 e desde o início de suas atividades, em 1988, oferece atendimento público e gratuito a vítimas, e seus familiares, de crimes violentos como homicídio e latrocínio. O Programa já realizou mais de 37.000 atendimentos, nas especialidades psicossocial e jurídica.

Além disso, desde 13 de março, presta atendimento ininterrupto aos alunos sobreviventes, seus parentes, professores e funcionários da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, palco de um ataque que deixou 10 pessoas mortas.

Como proposta de intervenção, além dos plantões que vem realizando, o programa criará um “Grupo de Cidadania”, com o objetivo de oferecer um ambiente de atendimento baseado na promoção dos direitos humanos e da cidadania.

O CRAVI também instalará uma unidade em Suzano, em local disponibilizado pela Prefeitura local.

 

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