Intolerância e violência religiosa são tema de encontro na Secretaria da Justiça
A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio do Fórum Inter-religioso para uma Cultura de Paz, recebeu nesta quarta-feira (23/08) a visita da representante da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Andrea Letícia Carvalho Guimarães.
Durante o encontro, realizado no Auditório Franco Montoro, na sede da Pasta, Andrea Guimarães apresentou um relatório elaborado sobre intolerância e violência religiosa no Brasil e propôs que os membros do Fórum analisem detalhadamente o estudo e elaborem propostas para a criação de políticas públicas.
“O Estado de São Paulo é o único da Federação a ter um Fórum do segmento religioso constituído por Lei. O trabalho de vocês servirá de base para outros estados da federação”, disse ela.
Ainda ressaltou a importância do fortalecimento da participação social na luta contra a intolerância. “A integração, o diálogo entre sociedade civil, representantes de instituições religiosas e poder público, são fundamentais para a criação de Comitês e Fóruns que visem a construção de políticas de diversidade religiosa”, concluiu.
Também foi abordada a criação de uma rede federativa de comitês estaduais de respeito à diversidade religiosa; de conselhos para a diversidade religiosa e espaços de debates e convivência ecumênica para fomentar o diálogo entre estudiosos e praticantes de diferentes religiões.
No final do encontro, o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Márcio Fernando Elias Rosa, ressaltou a importância da discussão do tema. “Sempre haverá diferenças, mas vocês buscam a convergência e nunca se animam com a divergência”, celebrou, ao traçar um paralelo entre o conceito de neutralidade e imparcialidade na Justiça.
“A imparcialidade é o dever de não se deixar guiar pelos seus preconceitos, domesticar a vaidade e o ímpeto de querer fazer o mundo ao seu modo. Já a neutralidade não é possível no plano em que vivemos, onde pulsa o coração”, refletiu o secretário.
Márcio Elias Rosa, que também é presidente da Fundação CASA, mencionou o Programa de Assistência Religiosa (PAR) nas unidades e a importância do acesso do jovem à religiosidade.
“Eu tenho orientado que as instituições abram as portas para todas as religiões. O jovem precisa de atenção, de acolhimento, e vocês são especialistas nisso”, reforçou, convidando os representantes religiosos a participarem ativamente do programa.
O PAR tem como propósito garantir ao adolescente privado de liberdade, conforme sua crença e se assim o desejar, o acesso aos princípios fundamentais da religião que professa, afim de promover e facilitar o desenvolvimento da sua fé.
Participaram do encontro a coordenadora geral dos Programas de Apoio à Cidadania (CGAPDC), Deborah Malheiros; a coordenadora do Fórum e representante da Secretaria da Justiça, Vania Soares; representantes das Secretarias de Educação e de Segurança Pública; de ONGs, universidades e dos segmentos religiosos ifá, candomblé, umbanda, kardecismo, protestantismo, budismo, islamismo e xamanismo.
Assessoria de Comunicação
Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania
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