Governo promove ação humanitária em Comunidade Quilombola
O Governo do Estado de São Paulo, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Social e da Justiça e Cidadania, do Instituto Butantan e da Fundação Itesp realizou na quarta-feira (02) uma ação humanitária na Comunidade Quilombola de Cafundó, no município de Salto de Pirapora, na região de Sorocaba.
Antes da ação humanitária, houve uma visita no Assentamento Porto Feliz, localizado na cidade de Porto Feliz. O assentamento conta com 83 famílias e seus produtores comercializam seus produtos nos mais importantes programas governamentais, em feiras e mercados.
O Instituto Butantan realizou a testagem para a Covid-19 em aproximadamente 100 moradores da comunidade Cafundó. As testagens foram feitas com o chamado testes sorológicos, os testes rápidos, que identificam se as pessoas já tiveram o vírus e desenvolveram anticorpos. Durante a ação foram distribuídos também um total de 200 máscaras, 120 frascos com álcool em gel e 120 cobertores.
Para o secretário da Justiça e Cidadania, Paulo Dimas Mascaretti, esta foi uma ação muito importante do Governo do Estado de São Paulo. “Em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Social, a Fundação Itesp e o Instituto Butantan estamos desenvolvendo várias ações para trabalhar a proteção social e a segurança alimentar da população em todo o Estado. Seguindo as orientações do nosso Governador João Doria, hoje estamos realizando um importantíssimo trabalho de testagem de Covid-19, entrega de cestas de alimentos, de cobertores e de produtos de higiene para Comunidade Cafundó”, destacou Paulo Dimas.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Celia Parnes, esta ação envolve as áreas da saúde, Justiça e social do Governo de São Paulo. “É um momento especial para esta Comunidade Quilombola tão tradicional aqui na região de Sorocaba, que precisa de apoio para se desenvolver ainda mais”, disse Celia Parnes.
A ação teve a participação do chefe de gabinete que responde pela diretoria executiva da Fundação Itesp, Marco Silva. O objetivo do Governo de SP com a ação humanitária é proteger também a população do campo nesse momento de pandemia.
Quilombo Cafundó.
O quilombo do Cafundó, em Salto de Pirapora, é um território formado por descendentes de homens e mulheres escravizados num dado período de nossa história. A comunidade foi reconhecida pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Fundação Itesp, em 1999, hoje conta com 32 famílias e 104 pessoas.
O trabalho na terra e pela terra, além do dialeto africano, ainda falado entre os seus, são algumas das peculiaridades desta comunidade.
Hoje, a agricultura é trabalhada de forma dinâmica na comunidade que já recebeu a certificação orgânica de seus produtos que estão nas escolas, nas feiras e nos mercados.
Com o reconhecimento, a comunidade passou a contar com a assistência técnica e extensão rural da Fundação Itesp, aplicada por um corpo técnico multidisciplinar que identifica os pontos fortes, fomenta o desenvolvimento a partir das inclinações e habilidades naturais e os anseios daqueles que compõe o território.
Fundação Itesp
A Fundação Itesp atua com mais de 30 mil pessoas que estão em 140 assentamentos rurais localizados em 40 municípios. Todas essas famílias são parte da agricultura familiar, setor importante para a economia e responsável por volta de 70% dos alimentos que chegam as mesas da população.
E o Itesp possui importância fundamental nesse processo desde o início dos assentamentos rurais dando oportunidade de crescimento para esses pequenos agricultores com novas tecnologias e ações no campo com geração de emprego, desenvolvimento e renda.
Com os quilombolas, a Fundação Itesp trabalha desde 1996 com identificação e reconhecimento das comunidades. Atualmente são 5 mil pessoas em 36 comunidades localizadas em 14 municípios com estímulo na produção sustentável. São famílias que começaram do zero e com a atuação da Fundação Itesp, responsável em prestar assistência técnica para esses pequenos agricultores quilombolas, hoje colhem frutos e comercializam seus produtos para redes atacadistas em grandes centros do Brasil.
Produtores rurais assentados e quilombolas comercializaram com o apoio técnico da Fundação Itesp em 2019 um total de R$ 310 milhões.