Fundação CASA firma parceria com Secretaria da Educação para implantar ensino integral nas unidades

  

O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania e presidente da Fundação CASA, Márcio Fernando Elias Rosa, e o secretário estadual da Educação José Renato Nalini, assinaram na tarde desta terça-feira (19/09), na sede da SEE, no centro de São Paulo, um protocolo de intenções para discutir e implantar a metodologia do programa de ensino integral na Fundação CASA.

O documento prevê a aproximação das equipes técnicas dos dois órgãos, por meio de um grupo de trabalho, para elaborar uma proposta de educação integral condizente com a realidade que já existe nos centros socioeducativos com internação e internação provisória.

Atualmente, a Fundação mantém 145 centros em funcionamento no Estado de São Paulo, incluindo os de semiliberdade e os núcleos de atendimento inicial. Cerca de 9,3 mil jovens cumprem medida socioeducativa de internação e semiliberdade ou estão nos programas de internação provisória (prazo de 45 dias até a sentença da Justiça da Infância e juventude sobre o caso), internação sanção (privação de liberdade por até 90 dias quando descumpre outra medida de meio aberto ou de restrição de liberdade) e o atendimento inicial.

“A pedagogia orienta o trabalho da Fundação CASA, porque colabora para que o jovem, ao sair, tenha conhecimento e novos valores. A saúde,”, explicou o presidente da Fundação durante a cerimônia de assinatura. “Ao conciliarmos pedagogia, segurança e saúde, em especial a área psicológica, que ajuda a construir os valores ao oferecer uma nova estrutura de pensamento, prestamos um serviço melhor.”

Nos centros socioeducativos com internação, internação provisória e internação sanção, a educação escolar dos jovens já é realizada pela Secretaria Estadual da Educação, seguindo o conteúdo programático, calendário e com professores da rede pública estadual. Os adolescentes ficam matriculados em classes de escola públicas da rede, com toda a documentação e histórico fornecidos pelo sistema estadual.

As aulas da escola formal, portanto, integram a agenda multiprofissional diária dos adolescentes, que incluem ainda atividades de esporte e lazer, arte e cultura e educação profissional básica.

“Queremos unificar o trabalho da educação escolar com as ações que a Fundação CASA já desenvolve no contra turno escolar, integrando-as ao programa da Secretaria da Educação”, afirmou o diretor técnico da Fundação CASA, Adilson Fernandes de Souza, também presente à cerimônia de assinatura. “Isso nos trará melhores possibilidades e qualificação, além dos resultados para os nossos adolescentes.”

O secretário da Educação destacou a importância da realização do trabalho conjunto. “Temos que investir nessa juventude, resgatando seus sonhos, mostrando outras possibilidades de obterem os bens da vida. Por isso é importante que demos passes como este (a assinatura do protocolo de intenções)”, disse Nalini. “Se nós conseguirmos resgatá-los, prestaremos um grande serviço para o futuro.”

As escolas com Ensino Médio em tempo integral obtiveram 3,71 na última edição do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), realizada em 2016, resultado superior ao das escolas regulares, com 2,30. A medição é 73,4% maior do que o índice alcançado em 2012, na primeira edição da avaliação. O Idesp mede a qualidade da escola.

Diante dos resultados positivos do Idesp apresentados pelas escolas de ensino integral da rede estadual, entendeu-se que a metodologia do ensino integral pode contribuir no aprimoramento da oferta de educação básica aos jovens que se encontram na Fundação CASA.

Também compareceram à cerimônia de assinatura do protocolo, por parte da Fundação CASA, Ana Maria da Silva, respondendo pela Superintendência Pedagógica; a superintendente de Saúde, Vera Felicíssimo; o superintendente de Segurança e Disciplina, Flávio Jari Depieri, e a gerente Escolar, Neuza Flores.

 

 

 

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