Fórum promove encontro em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

  

Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado no dia 21 de janeiro, a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania realizou na tarde desta quarta-feira (31/01) um encontro promovido em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, no Espaço da Cidadania André Franco Montoro.

O evento teve como objetivo fomentar o combate a atitudes discriminatórias e homenagear a Mãe Gilda, símbolo de um dos casos mais marcantes de preconceito religioso no país.

Em outubro de 1999, um jornal estampou em sua capa uma foto da Iyalorixá Gilda dos Santos e Santos – a Mãe Gilda – trajada com roupas de sacerdotisa para ilustrar uma matéria, cujo título era: “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”.

Depois disso, a casa da religiosa foi invadida, seu marido agredido fisicamente e seu terreiro depredado. Mãe Gilda não suportou os ataques e, após infartar, faleceu no dia 21 de janeiro de 2000.

O secretário da Pasta e presidente do Fórum Inter-Religioso, Márcio Fernando Elias Rosa, fez a abertura do evento e falou sobre a cultura de paz.

“É na conduta que se mede a capacidade ou não do ser humano viver em harmonia”, afirmou o secretário. “A intolerância religiosa talvez seja um dos mais duros ataques à humanidade porque viola o direito que todos têm de professar a sua crença, a sua fé, ou a ausência dela”, ponderou.

Márcio Elias Rosa salientou a importância da ação da sociedade, do Estado e das representações religiosas para que a cultura de paz se propague com maior intensidade.

“Eu gosto de dizer que quem se dá bem com gente, se dá bem na vida. E eu aprendi com o nosso fórum inter-religioso que um mundo de paz é a gente quem faz”, concluiu.

  

A secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eloísa de Sousa Arruda, que representou o prefeito de São Paulo, João Doria, ressaltou a importância da reunião.

“Essa é uma oportunidade de comunhão e de reflexão sobre o respeito. Que possamos nos alimentar dessa energia para conduzir as nossas ações no ano de 2018”, desejou.

O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa pretende ainda servir como reflexão e motivação na busca pela liberdade do culto religioso e combate ao racismo.

Estiveram presentes o secretário adjunto da Justiça, Luiz Souto Madureira; a coordenadora de Políticas para a População Negra e Indígena, Elisa Lucas Rodrigues; o coordenador Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Eneas Silva dos Santos; o membro do Fórum Inter-religioso para uma Cultura de Paz e Liberdade de Crença do Estado de São Paulo, Yalorixá Mãe Carmem de Oxum; o presidente do Fórum Permanente de Liberdade de Crença e Cultura de Paz, Yalorixá ‘Mãe’ Liliane d’ Oxum; a coordenadora Geral de Apoio aos Programas de Defesa da Cidadania, Deborah Malheiros; o monge Ryosan; e o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil – Nigéria, Alexandre Ifatolá Dosunmu.

 

 

Fórum Inter religioso

Institucionalizado em 2013, pela Lei 14.947, o Fórum tem a missão de propor políticas públicas que respeitem as diferenças, incentivem a liberdade de expressão e estimulem a cidadania para a promoção da cultura de paz, além de combater a intolerância religiosa e buscar soluções para denúncias de violações de direitos.

Busca, ainda, defender a dignidade humana, o direito inviolável à liberdade de consciência e de crença e o livre participação em cultos religiosos, assim como a proteção ao locais de culto e liturgias, assegurados pela Constituição Federal.

É formado por titulares e suplentes indicados pelos 28 segmentos religiosos que integram o grupo, pelo poder público estadual, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, Poder Legislativo, universidades, associações e organizações não-governamentais. O mandato é de dois anos.

Entre os membros do Fórum, há representantes do budismo, catolicismo, candomblé, islamismo, espiritismo, judaísmo, umbanda, xamanismo, da rede evangélica, dos presbiterianos, dos adventistas, dos agnósticos e de outros segmentos religiosos.

O Estado de São Paulo é o pioneiro e único estado da Federação a possuir, com o Fórum, um espaço democrático de diálogo, com competência para implementar política de estado de enfrentamento e combate à intolerância religiosa e promoção da cultura de paz e liberdade de crença.

 

 

 

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