Escola para Formação realiza seminário de Pesquisa da Fundação CASA

  

Mais de 130 pessoas, entre funcionários de centros socioeducativos e das divisões regionais da Fundação CASA e pesquisadores externos participaram nesta terça-feira (10/10) do IV Seminário de Pesquisa da Fundação CASA, evento promovido pela Escola para Formação e Capacitação Profissional (EFCP) da Instituição, por meio do Centro de Pesquisa e Documentação (CPDoc), na capital paulista.

O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania e presidente da Fundação, Márcio Fernando Elias Rosa, abriu o seminário, destacando a influência que a pesquisa científica exerce sobre a área pública. “Não há nenhum modo de evoluir na prestação do nosso serviço público sem o conhecimento técnico e científico”, afirmou.

“A psicologia, a sociologia, a assistência social e a História nos fornecem elementos que colaboram para decifrar os caminhos do pensamento humano e ajudam os gestores a tomar decisões estratégicas”, explicou o secretário.

O presidente da Fundação CASA também ressaltou a importância de a Instituição, por meio da Escola para Formação, estar aberta a receber as propostas de pesquisa das universidades, sejam elas públicas ou particulares. “Todos temos o compromisso com os ensinos científico e técnico porque, só assim, caminharemos para um futuro melhor em relação ao que fomos no passado e somos no presente”, observou.

O tema do seminário foi “Caminhos para o atendimento a crianças e adolescentes no Estado de São Paulo” e mostrou os resultados de estudos realizados por seis pesquisadores internos e externos, a partir de materiais do acervo histórico da EFCP.

Em formato de mesa com especialistas, a exposição dos trabalhos começou pela coordenadora do CPDoc, Ana Cristina do Canto Lopes, que mostrou o estudo desenvolvido pelo Centro de Documentação no inventário analítico de prontuários de crianças e adolescentes historicamente atendidos pela Fundação CASA no início do século XX.

Depois, o pesquisador associado do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP) Fernando Afonso Salla discutiu as informações básicas coletadas dos prontuários arquivados de 1925 a 1934. O estudo foi realizado em conjunto com o professor livre-docente do Departamento de Sociologia da USP, Marcos César Alvarez.

O professor da educação básica e do Ensino Superior e doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Izalto Junior Conceição Matos, falou sobre o perfil de meninos e meninas abandonadas, órfãos ou infratoras e seu cotidiano no atendimento do Instituto Disciplinar de Mogi Mirim, entre os anos de 1937 e 1950.

A psicóloga da Fundação CASA e mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Natache Khrystie Costa de Oliveira, apresentou o estudo “Os sentidos da Medida Socioeducativa de Internação para adolescentes que possuem esta vivência”.

No final, o pós-doutorando em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Alex Sandro Gomes Pessoa Psicólogo, debateu os desafios, potencialidades e descontinuidades da psicologia no atendimento de adolescentes envolvidos com ato infracional.

Após as exposições, houve espaço para debate com a plateia.

 

 

 

 

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