Em clima de festa, Parada Gay toma as ruas de São Paulo
Por volta das dez horas da manhã deste domingo (7), a Avenida Paulista foi tomada por milhares de participantes da 19ª edição da Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), que teve como tema “Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim: respeitem- me”. O lema foi inspirado na personagem “Gabriela”, criada pelo escritor brasileiro Jorge Amado.
Ao todo, foram 18 trios elétricos que integraram a Parada saindo da Paulista até a República, com os gritos de “Orgulho de ser quem somos”, com artistas nacionais e internacionais, como parte do elenco da série “Orange is The New Black”.
Em entrevista coletiva que abriu a Parada, o governador Geraldo Alckmin anunciou a sede definitiva do Museu da Diversidade Sexual em São Paulo. A expectativa é que o museu ocupe o casarão da Avenida Paulista, entre o Parque Mário Covas e o prédio do Conjunto Nacional. A previsão é que o local seja inaugurado em 2016. O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Aloísio de Toledo César, também participou da coletiva, entre outras autoridades que representaram o governo estadual e o município.
A coordenadora de políticas para a diversidade sexual da Secretaria da Justiça, Heloísa Gama Alves, acompanhou as atividades do evento e participou do trio elétrico AHF. “A Parada é uma grande festa muito importante para a visibilidade da causa LGBT”, afirmou.
O evento movimentou a capital com turistas e ativistas – estimou-se que foram gastos cerca de R$ 60 milhões na cidade. “O poder público tem que ir além da tolerância. Tem que defender a tolerância e combater a intolerância, mas tem que ter um componente social de resgate da cidadania também”, disse o prefeito Fernando Haddad.
Outro foco da Parada é impulsionar ações que permeiam o Mês do Orgulho LGBT em São Paulo, com ciclo de debates, ciclo de leituras, Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade e outras iniciativas. Houve gente que roubou a cena no início da tarde, que foi o grupo “Esquadrão das Drag”, que apostou nas perucas, nos brilhos e nos trajes cor de rosa – Sendy Buck, Nina Crash e Sissi Girl foram assediadas por fotos e muitas selfies. O grupo atua em campanhas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, principalmente no Largo do Arouche, em São Paulo.
“Para nós, drags, é muito importante poder mostrar quem somos, quantos somos e porque estamos lá. Nessa festa somos todos bem-vindos, e o brilho e o sorriso é com um único objetivo: respeito”, disse Sendy.
Karla Sanchez
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
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