CRAVI promove palestra sobre suicídio e saúde mental em alusão ao “Setembro Amarelo”

O Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI), programa da Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), realizou na tarde desta sexta-feira (29) a palestra “Suicídio: aspectos biopsicossociais e a integralidade da saúde mental”, no auditório do Ministério Público, no Fórum Criminal da Barra Funda.

O evento faz parte da programação de atividades do mês da campanha de prevenção ao suicídio “Setembro Amarelo” e contou com a participação de Andressa Cardeal Meschiatti, psicóloga clínica, especializada em Psicopatologia e Saúde Pública pela USP e Gestão de Redes de Atenção à Saúde pela Fiocruz.

De acordo com Andressa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que, em 2019, ocorreram mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. A psicóloga mostrou ainda um dado preocupante: a redução da idade média e o aumento dos casos de crianças e adolescentes dentre as pessoas que cometem suicídio são cada vez mais comuns.

“Os óbitos, no entanto, são maiores entre os homens e as tentativas em maior quantidade entre as mulheres. Os fatores de risco são muitos, dentre eles estão os transtornos mentais, uso abusivo de álcool e outras drogas, separação conjugal, luto, perda de emprego, prejuízo econômico, conflitos familiares, cobrança no trabalho e problemas de saúde”, informou.

Em contrapartida, existem os “fatores de proteção” que podem salvar vidas, como o contato com a família e amigos, vínculos sociais saudáveis, tratamentos adequados para transtornos mentais, cuidado contínuo com a saúde, prática de atividades prazerosas, diminuição no consumo de álcool e drogas, e a garantia de direitos básicos como educação, moradia, emprego, assistência social, cultura e outros.

Para saber se alguém está correndo o risco de cometer suicídio, segundo Andressa, há sinais de alerta como histórico de tentativas, adoecimento emocional, demonstrações de desesperança, isolamento, comportamento autodestrutivo, impulsividade e agressividade diante de eventos negativos.

Sobre a melhor maneira de cuidar de uma pessoa que passa por isso, ela recomenda: “Não dê conselhos, não faça piadas sobre o assunto, não julgue nem faça comparações. Escute com atenção e presença, seja empático e, principalmente, oriente quem está sofrendo a buscar o auxílio de um profissional”, concluiu.

Ao final da palestra, a psicóloga fez uma dinâmica de grupo com os participantes.

Governo do Estado de SP