Coordenadoria de Políticas para a População Negra prestigia exposição Presença Negra
Mostra histórica do Arquivo Público do Estado reúne personalidades negras e documentos inéditos, e fica aberta ao público até novembro de 2024
O coordenador de Políticas para a População Negra`(CPPN), da Secretaria de Justiça e Cidadania, Robson Ferreira, representou o secretário de estado Fábio Prieto, nesta segunda-feira (06/11), na inauguração da exposição “Presença Negra no Arquivo”, do Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP).
A mostra traz documentos históricos, desde o século XVIII até o XX, que retratam as lutas dos escravos por liberdade, justiça e igualdade. Todas as áreas do APESP, em especial as de acervo, foram mobilizadas para a pesquisa.
Durante sua fala, Robson Ferreira, da CPPN, enfatizou que essa iniciativa é uma reparação histórica, um momento de reflexão: “essa exposição, que traz várias personalidades negras, vem muito de encontro a uma perspectiva do que estamos fazendo na Secretaria da Justiça, que é o Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial, onde a Educação é uma das vertentes. Queremos trazer a verdadeira memória da população negra, de nossos heróis que, por décadas, tentaram apagar; e revelá-la para o conhecimento acadêmico, para as escolas, e, assim, formar novos pesquisadores, pensadores e escritores negros”, completou Robson.
De acordo com o coordenador do Arquivo e professor da Unicamp, Thiago Nicodemo, os arquivos não são instituições neutras, pois produzem realidade e guardam todo o histórico dos fatos ocorridos no país. “Nossos documentos ajudam a mostrar como a escravidão foi construída de diferentes dinâmicas econômicas, sociais, políticas, culturais e, evidenciam a marca nefasta e infeliz da escravidão na sociedade brasileira”, afirmou Nicodemo.
A Diretora do Núcleo de Ação Educativa da Instituição, e coordenadora do ‘Projeto Presença Negra no Arquivo’, Josiane Roza de Oliveira, explicou aos presentes que, para ajudar a contar a história da população negra, foram escolhidos seis personagens, de diferentes períodos: o arquiteto Tebas; a escravizada Teodora; o advogado abolicionista Luíz Gama, os engenheiros Theodoro Sampaio e José Pereira Rebouças, e a escritora Carolina Maria de Jesus.
Também participaram da abertura da exposição, o secretário-executivo de Cultura e Economia Criativa, Marcelo de Assis, e o diretor de comunicação do Instituto Luiz Gama, Júlio César Santos.