CIC do Imigrante forma primeira turma do curso de panificação para imigrantes
Com o objetivo de capacitar imigrantes na área de panificação, a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio do Centro de Integração da Cidadania (CIC) do Imigrante, em parceria com a Sociedade Pró-Moradia São Vicente de Paulo, realizou nesta quarta-feira (12/04) a cerimônia de formatura da primeira turma do projeto “Padaria-Escola”.
O curso, gratuito, teve a duração de dois meses, com aulas ministradas nas dependências do próprio CIC, localizado na Rua Barra Funda, 1020, Capital. A primeira turma contou com a participação de haitianos, venezuelanos e bolivianos.
As aulas, teóricas e práticas, aconteceram de segunda de segunda a sexta-feira em dois períodos – manhã (08h30 às 11h30) e tarde (13h30 às 16h30). Os alunos aprenderam a fazer diversos tipos de pães, como francês, de hambúrguer, de hot dog, de leite, bisnaga, de banha e baguete.
Cada turma contou com 10 alunos, totalizando 20 participantes. Desse total, 13 concluíram o curso. O panificador Ronildo Luiz da Silva ministrou as aulas. A professora de idiomas e voluntária Maria Cristina participou das aulas no período da manhã e fez a tradução simultânea do português para francês para os alunos vindos do Haiti. Embora o CIC do Imigrante seja voltado especificamente para essa população, o curso contou também com a participação de alunos brasileiros.
O coordenador do curso, Manoel Rodrigues, do projeto Padaria-Escola, parabenizou os alunos e ressaltou que a primeira turma do curso termina com um balanço muito positivo, porque 70% dos participantes concluíram o curso. “Conseguimos atingir o objetivo principal que é colaborar para a inserção do imigrante no mercado de trabalho e na sociedade”, salientou. Ele informou que três imigrantes não concluíram o curso porque conseguiram emprego durante as aulas.“Isso é muito gratificante”, afirmou.
Participaram da cerimônia de formatura a oficial Administrativo Claudia Olivel, que representou a coordenadora geral dos CICs, Ilda Nascimento; a diretora substituta do CIC do Imigrante Meire Francisco; a vice-presidente da Sociedade Pró-Moradia São Vicente de Paula, Teresinha de Jesus Silva, e funcionários do CIC.
No final de abril começarão novas turmas do curso de panificação.
Recomeço
Há um ano e dois meses no Brasil o haitiano Thernéus Vilason, que no seu país trabalhava como ajudante geral, soube do curso no próprio CIC e resolveu estudar para ter uma profissão e realizar o sonho de, futuramente, se tornar um empresário. “Foi muito importante fazer o curso, fazer novos amigos, aprender uma profissão”, disse. “Nas entrevistas de emprego me perguntavam a minha profissão e eu dizia que não tinha. Agora posso falar com orgulho que eu sei fazer pão”, contou. Na próxima semana Vilason fará uma entrevista de emprego para o cargo de auxiliar de padeiro.
Já Yesenia Ruth Lima, boliviana, há 12 anos no Brasil, sempre teve objetivo trabalhar na área da panificação. “Desde que estou no Brasil já trabalhei em diversas atividades. Sempre tive vontade de montar uma padaria, mas não sabia fazer pão. O curso foi muito bom, eu aprendi fazer todo tipo de pão e agora eu posso realizar o meu sonho”, afirmou.
” A situação no meu país está muito difícil. Vim para o Brasil em busca de uma vida melhor”, disse a venezuelana Arianna Castillho, que foi ao CIC para fazer curso de português e se interessou pelo curso de panificação.
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
Assessoria de Comunicação
