9ª Edição do Papo Reto reúne servidores e público em debate sobre direitos humanos e memória coletiva

A importância dos direitos humanos e a preservação dos arquivos históricos na construção da memória coletiva foi o assunto central da 9ª edição da roda de conversa Papo Reto, realizada pela Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), por meio da Coordenadoria Geral de Direitos Humanos, na manhã desta quinta-feira, 27.

Com o tema “Documentos que Falam: Direitos Humanos e o Acervo do Arquivo Público de São Paulo”, o bate-papo reuniu online e presencialmente no Palácio Campos Elíseos, sede da SJC, aproximadamente 80 participantes, entre servidores da Pasta e público.

A conversa foi conduzida pela coordenadora-geral da CGDH, Maísa Costa, com a colaboração dos especialistas Thiago Lima Nicodemo, diretor do Arquivo Público do Estado; Guilherme Lopes, coordenador de Difusão de Acervos do Arquivo Público do Estado de São Paulo; e a historiadora Carolina Braga Faciroli.

De acordo com Thiago Lima Nicodemo, fazer a preservação adequada desses documentos é um dos mecanismos básicos da democracia. “Garantimos que a história possa ser contada no futuro e os responsáveis respondam positivamente ou negativamente por ela”, afirmou.

Guilherme Lopes também destacou o papel crucial da preservação documental para o futuro da democracia: “Preservar esses documentos históricos é um compromisso com a verdade e a justiça. E o acesso a esses registros garante que as lições do passado não sejam esquecidas.”

Já Carolina Braga Faciroli reforçou a importância dos espaços de preservação da memória, coletiva e individual. “Este é um debate urgente e um grande desafio. As pessoas se preocupam cada vez mais com o instante, desvalorizando o passado. A memória faz parte da construção do indivíduo”, avaliou a historiadora.

O Arquivo Público do Estado de São Paulo, criado em 1892, é um dos maiores do Brasil, com mais de 25 milhões de documentos.

Preservação de documentos históricos

No último dia 10, a Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC) iniciou o processo de recolhimento de documentos históricos produzidos pela Pasta, relacionados à indenização de cidadãos que tiveram seus direitos violados durante o regime militar no país, entre 1964 e 1985.

Para garantir a preservação e o armazenamento adequado do acervo, a Pasta firmou uma parceria com o Arquivo Público do Estado de São Paulo, que realizou uma capacitação técnica para a equipe da SJC sobre procedimentos de conservação preventiva.

A ação é coordenada pela Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso (CADA). “A preservação da memória é essencial para integrarmos o passado com o que vivemos hoje e o que queremos para o futuro”, avaliou a coordenadora da comissão e diretora do Centro de Arquivos e Gestão Documental da SJC, Sueli Penha da Silva.

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