Secretaria da Justiça e Cidadania promove palestra sobre o tráfico de pessoas no Porto de Santos
O secretário da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo (SJC), Fábio Prieto, abriu nesta terça-feira (10/10) a palestra sobre o tema “Fortalecimento da Rede Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, para um público de 110 pessoas no Porto de Santos. A iniciativa do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP) é voltada aos integrantes da Guarda Portuária e funcionários do porto.
A realização das palestras – uma pela manhã e outra na parte da tarde para garantir o acesso do público que trabalha em turnos diferentes de trabalho – teve como objetivo compartilhar informações e prestar orientação sobre esse tipo de crime e modo de atuação das quadrilhas, à guarda e funcionários da Autoridade Portuária de Santos, peças-chave, na rede de agentes públicos de enfrentamento a esta prática criminosa.
“A sintonia e articulação entre os órgãos e agentes públicos e privados é muito importante para enfrentar esse crime, que visa sempre grupos sociais vulneráveis, eventos como o de hoje fortalecem esta rede”, disse o Secretário Fábio Prieto, que antes de fazer a abertura da palestra, foi recebido pelo presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, em seu gabinete.
“O Porto de Santos é um local estratégico devido à grande circulação de pessoas de diversas nacionalidades. Temos o objetivo de consolidar o Porto de Santos como integrante da rede estadual para prevenção e enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, diz o coordenador do NEPT, Giuliano Campos de Farias.
Sobre o NETP
O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, promove ações em parceria com órgãos de segurança para prevenção, conscientização e enfrentamento a casos em todo o Estado. Desde 2019, o NETP atuou em 139 denúncias de tráfico de pessoas com um total de 396 vítimas do crime que afeta principalmente grupos vulneráveis à exploração sexual e ao trabalho em condições análogas à escravidão.
Considerado crime contra a humanidade pela Organização das Nações Unidas (ONU), o tráfico de pessoas envolve a exploração, seja sexual ou da força de trabalho, violando direitos fundamentais que deixam marcas profundas e é invariavelmente praticado contra grupos vulneráveis como imigrantes e refugiados, mulheres ou crianças e adolescentes.