Seminários marcam comemoração das ações da Secretaria no combate à violência contra a mulher
Uma manhã de seminários marcou nesta terça-feira (3) as comemorações da ações de combate à Violência contra a Mulher empreendidas pela Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio da Coordenação de Políticas para a Mulher. O evento reuniu cerca de 110 pessoas no Auditório Espaço da Cidadania “André Franco Montoro”.
“A Secretaria da Justiça e Cidadania é uma trincheira permanente no combate à violência contra a mulher”, afirmou, na abertura do evento o secretário Paulo Dimas Mascaretti.
O secretário enfatizou que a questão exige uma rede de proteção à mulher e que o estado de São Paulo vem fazendo sua parte. Lembrou, por exemplo, das várias atividades realizadas nas unidades do Centro de Integração da Cidadania (CIC) para ajudar as mulheres a se tornarem financeiramente independentes. “Essa independência ajuda as mulheres a se livrarem da violência [de seus companheiros]”, destacou Paulo Dimas Mascaretti.
Ele também citou a campanha “Mulher, você pode”, lançada em março, com ênfase na valorização do papel da mulher na sociedade e no combate à violência doméstica.
“Precisamos dar efetividade às políticas públicas nessa área”, enfatizou o secretário. “Esses seminários nos ajudam a pensar quais mais ações podemos realizar”.
Para a coordenadora da Coordenação de Políticas para a Mulher, Albertina Duarte Takiuti, a manhã foi especial. “Este evento celebra resultados concretos”, afirmou, lembrando, entre as ações desenvolvidas, a assinatura, em março, de convênios com universidades para oferecimento de serviços gratuitos voltados às mulheres nas áreas de saúde, educação, lazer, direito, psicologia e assistência social nas unidades dos CICs.
O primeiro seminário teve como tema ”Experiências no atendimento à violência de parceiros íntimos e nos atendimentos a dependentes de drogas em Portugal”, a cargo de Rui Alexandre Paquete Paixão, da Faculdade de Psicologia de Coimbra. “O efeito de uma substância não depende apenas dos seus princípios ativos, mas de um conjunto de contextos que subjazem à experiência do fenômeno”, afirmou o especialista português. Ele também citou que Portugal promoveu mudanças legislativas pelas quais crimes de violência praticada contra íntimos e idosos passaram a exigir a ação do Estado independentemente da vontade da vítima.
Na sequência, a psicóloga Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo, professora adjunta da Universidade de São Paulo e supervisora dos atendimentos psicológicos no CIC Oeste apresentou as experiências exitosas no atendimento.
A especialista informou que a equipe de atendimento é formada por 15 estagiários da graduação e um da pós-graduação do curso de psicologia da USP. Há plantões com atendimentos individuais, e participam homens, mulheres, crianças, idosos, com faixa etária de 13 a 65 anos. Após os atendimentos, alguns casos são encaminhados para tratamento no próprio CIC e outros para a rede pública de saúde.
Os trabalhos começaram em abril deste ano e até o final de agosto foram realizados 464 atendimentos. Os casos atendidos são de várias natureza, entre eles, violência doméstica, distúrbios, suicídio, automutilação em adolescentes, testemunhas oculares de violência, crianças e adolescentes com problemas com os pais.
Além dos atendimentos individuais, são realizadas rodas de conversas com as pessoas na sala de espera.
“A iniciativa tem sido bem sucedida. Uma pessoa vem para o atendimento, conta para a outra e assim o trabalho está sendo difundido. É muito importante que a população saiba que no CIC Oeste existe esse espaço de acolhimento, de escuta, e que elas não estão sozinhas. Estamos aqui para dar suporte e aliviar a vida das pessoas que sofrem”, disse Leila.
Depois, a psicóloga e naturóloga Andrea de Callis apresentou o Projeto “Plantão das Emoções” ,desenvolvido na Fábrica de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha. O Projeto tem como objetivo acolher, orientar, encaminhar e prestar atendimento humanizado.
A equipe é formada por psicólogos e assistentes sociais e são realizados atendimentos para funcionários e frequentadores.
A maioria dos casos atendidos referem-se à vulnerabilidade social, questões familiares, automutilação, violência, depressão, ansiedade, suicídio, e violência contra a mulher, relatou.
“Construímos um espaço de diálogos por meio de rodas de conversas e os resultados em sido espetaculares. Por meio da escuta nos detectamos os problemas e tentamos diminuir os danos”, ressaltou.
O evento contou com as presenças de Ana Cristina de Souza, coordenadora municipal de Políticas para a Mulher, da Prefeitura de São Paulo; de Silmara Bergher Dal Zotto, do Grupo de Violência da Secretaria Estadual da Saúde, de representantes de Coordenadorias Estaduais da Mulher de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia, da coordenadora dos Centros de Integração da Cidadania, Vanessa Cristina Martiniano, e outras autoridades.
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