Conselho da Condição Feminina promove evento para celebrar o Dia da Mulher Negra

O Conselho Estadual da Condição Feminina, da Secretaria da Justiça e Cidadania, realizou nesta terça-feira (24) o evento “Mulheres Negras constam sua História em Retalhos”, em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho.

Na abertura do evento, a presidente do Conselho, Maria dos Anjos Mesquita Hellmeister, elogiou a iniciativa da Comissão das Mulheres Negras, mas ressaltou que a data provoca mais reflexão que comemoração. “Há ainda inúmeras violações que envolvem as mulheres negras. A história política dessas mulheres é marcada pela exploração, pela invisibilidade, pela violência sexual e pela mão-de-obra escrava”, afirmou. “A mulher negra se faz forte com sua presença, buscando sempre a igualdade, o respeito, a cidadania e a inclusão social”, concluiu.

A conselheira e coordenadora-geral de Apoio aos Programas de Defesa da Cidadania da SJC, Deborah Malheiros, que na ocasião representou o secretário da Justiça e Cidadania, Paulo Dimas Mascaretti, destacou que celebrar a data é importante para que as especificidades desta população sejam conhecidas e difundidas.

Na sequência, a conselheira Tânia Gonçalves fez um breve histórico a respeito do ativismo das mulheres negras latino americanas. ” Elas contavam sua história por meio de colchas de retalhos. Cada pedaço de fio tem um significado, guarda uma dor. O artesanato tornou-se uma forma de renda e de colocação na sociedade”, enfatizou.

Outros temas também foram abordados durante o encontro, entre eles empreendedorismo feminino e experiências com projetos no resgate da autoestima e na melhoria de condições de vida das mulheres negras.

O evento contou ainda com oficinas de turbante e de boneca Abayomi.

Estiveram presentes no evento conselheiras do Conselho; a delegada Rosmary Correa; a coordenadora de Políticas para a População Negra e Indígena, Regina Laura de Morais Santos e Marinho de Faria; o presidente do Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, Ivan Lima; e conselheiras municipais de Jundiaí.

 

SOBRE A DATA

O Dia Internacional da Mulher Negra Latina e Caribenha é celebrado dia 25 de julho. Nessa data também é comemorado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Em 1992, um grupo de mulheres negras oriundas dos países da América Latina reuniu-se em Santo Domingos, na República Dominicana, para a realização do primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e CaribenhasAli discutiram problemas que afetam a todas as mulheres em geral, como machismo, formação educacional e profissional, maternidade.

Também trataram de questões específicas, como o racismo, preconceito e a situação de inferioridade que se encontram em relação às mulheres brancas.

A fim de chamar a atenção para esta problemática, a data de 25 de julho ficou estabelecida como o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha.

Em 2014, a Lei nº 12.987, instituiu 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

 

 

 

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