Cravi enfatiza a assistência a deficientes vítimas de violência

A delegada Marli Tavares detalhou o trabalho da Delegacia da Pessoa com Deficiência em oficina do Cravi  A delegada Marli Tavares ressaltou a necessidade de atendimento integrado a deficientes vítimas de violência

O Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, realizou na última sexta-feira do mês de abril (24/04) a oficina temática sobre violência contra pessoas portadoras de deficiência. O encontro ocorreu na 16ª plenária do Fórum Criminal da Barra Funda e contou com a presença da delegada titular da 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência, Marli Tavares.

O Cravi promove oficinas mensais com objetivo de fortalecer sua rede de assistência a vítimas de violência, formada por profissionais da área do Direito, assistentes sociais, psicólogos e estudantes. Desta vez, a ênfase foi dada aos deficientes vítimas de violência.

“As pessoas deficientes são vítimas vulneráveis porque, muitas vezes, não conseguem se defender e os agressores abusam dessa vulnerabilidade”, ressaltou o chefe dos investigadores da 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência, Moacir Albuquerque. “Devemos orientar legalmente e de forma correta as pessoas com deficiência para que conheçam seus direitos”.

De acordo com a delegada Marli Tavares, os casos mais recorrentes envolvem negligência, abandono, violência física e crime contra a honra. “A gente atende um público realmente diferenciado”, explicou. “São pessoas com deficiência visual, auditiva, física, intelectual, além de portadores de transtornos mentais. Muitos não conseguem nem se comunicar”.

Na Delegacia da Pessoa com Deficiência, psicólogos, assistentes sociais e intérpretes de libras trabalham junto com os investigadores. “O apoio especializado é importante no atendimento”, enfatizou o psicólogo do Cravi, Bruno Fedri. “Aqui no Cravi percebemos que a vítima de violência tem dificuldades para expressar-se, com a deficiência o desafio para ela é maior”,

Com experiência de quase 20 anos em delegacias sociais, a delegada Marli, que atuou também nas Delegacias de Defesa da Mulher e do Idoso, acredita que o trabalho integrado deveria ser replicado. “Seria bom se todas as delegacias e todos os órgãos públicos tivessem atendimento integrado e aparatos para determinados segmentos da sociedade”.

No contexto social, os deficientes podem ser vítimas de violência física, psicológica, sexual, social, moral e patrimonial, assim como as mulheres e os idosos.

 

Sobre o Cravi

Criado em julho de 1998, o Cravi oferece apoio psicológico, social e jurídico, de forma gratuita, a vítimas diretas e indiretas de crimes violentos, como homicídio, latrocínio e ameaça.

Além da sede em São Paulo, localizada no Fórum Criminal Barra Funda, os municípios de Campinas, Santos, Araçatuba, São Bernardo do Campo, Itaquaquecetuba, Guarulhos, São Vicente e o bairro Capão Redondo, na capital paulista, também possuem unidades do programa.

 

 

 

 

Fabiana Campos
Assessora de Comunicação

Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
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