Ação da Secretaria da Justiça no Metrô sensibiliza sobre questão do trabalho escravo

A Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), em parceria com o Metrô, promoveu nesta segunda-feira (28/1) ação de conscientização sobre o trabalho escravo. A iniciativa integrou-se à ação nacional desenvolvida em todo o País pelo Ministério da Justiça no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado no dia 28 de janeiro.

A ação da Secretaria da Justiça e Cidadania aconteceu das 10 às 17 horas, de forma intercalada, em cinco estações do Metrô: Jardim São Paulo (Linha 1-Azul), Clínicas, Sacomã, Vila Prudente (Linha 2-Verde) e Brás (Linha-3-Vermelha).

Nesses locais, os usuários receberam orientação sobre o tema. Foram distribuídos cerca de 2.000 exemplares de material didático produzido pela Secretaria da Justiça e por instituições parceiras, como Rede Um Grito pela Vida, Centro Apoio Pastoral do Imigrante, Aliança Empreendedora (Programa Tecendo Sonhos), Presença da América Latina e Associação Brasileira de Varejo Têxtil (ABVTEX). Parte do material foi produzido também em espanhol para conscientização de imigrantes da América Latina.

O material impresso trazia explicações de como identificar e evitar falsas promessas de trabalho e sobre como o tráfico de pessoas atua para fins de trabalho escravo e, ainda, com objetivo de exploração sexual, remoção de órgãos, adoções irregulares, mendicância, servidão doméstica e casamento servil.

Durante a ação, o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas recebeu duas denúncias de trabalho escravo, que serão alvo de apuração. O telefone do NETP para orientação e denúncias é (11) 3241-4291.

O Brasil ocupa o segundo lugar em trabalho escravo na América Latina, segundo recente levantamento divulgado pela ONU. A primeira posição na América Latina é da Venezuela. Segundo esse documento, o Brasil tem 369.000 pessoas em situação de trabalho escravo, a maioria imigrantes e trabalhadores desempregados.

O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi criado em 2009 para homenagear Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, que foram assassinados em 28 de janeiro de 2004 durante inspeção para apurar denúncias de trabalho escravo em fazendas da região de Unaí (MG), episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí.

Veja a repercussão das ações do NETP aqui.

 

 

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