Durante o mês da Consciência Negra, Secretaria da Justiça e Cidadania promove palestras de conscientização sobre racismo
Em comemoração ao Mês da Consciência Negra, a Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC) iniciou uma série de palestras com o objetivo de conscientizar jovens sobre a história e os desafios da população negra no Brasil.
Nesta terça-feira (05), o coordenador de Políticas para a População Negra (CPPN), Robson Ferreira, esteve na Etec Profª Ermelinda Giannini Teixeira, em Santana de Parnaíba, onde realizou duas palestras para cerca de 500 alunos.
Realizados em colaboração com os Centros de Integração da Cidadania (CIC) e a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), os encontros tratam de temas históricos e contemporâneos relacionados ao racismo e à luta por igualdade racial.
Durante as palestras, Robson Ferreira abordou aspectos importantes da trajetória dos negros no Brasil, desde os tempos de escravidão até o desenvolvimento de legislações abolicionistas leis de combate ao racismo e à discriminação.
Para estimular uma reflexão profunda sobre a atualidade, o coordenador Robson Ferreira falou sobre o conceito de racismo estrutural e seus desdobramentos, explorando também formas específicas de racismo, como o institucional e o recreativo, além de termos com conotação racista que ainda persistem no cotidiano.
“É essencial que todos entendam que o racismo não é apenas uma questão individual ou de comportamento, mas um sistema que afeta toda a nossa sociedade”, destacou Robson Ferreira.
“O racismo estrutural está presente nas instituições, nos nossos costumes e até na nossa linguagem cotidiana. Precisamos identificar essas raízes, reconhecer nosso papel em quebrar esses ciclos e, principalmente, trabalhar juntos para construir um Brasil verdadeiramente igualitário”, finalizou o coordenador.
O evento foi marcado pela participação ativa de alunos e professores, que compartilharam suas vivências e reflexões. Um dos momentos mais significativos foi o depoimento do professor Sebastian, que, vindo da Angola, relatou sua experiência como imigrante e negro no Brasil.
No restante do mês, a coordenação também participará de outras ações em alusão ao mês da Consciência Negra.