CPDS colabora para atendimento no Programa Casas Terapêuticas para público feminino e LGBTQIA+
Serviço oferecido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS), na zona norte da capital, é inovação no tratamento da dependência química para pessoas com longa vivência nas cenas abertas de uso
Pessoas LGBT+, em situação de dependência química, passaram a contar com mais um atendimento no Estado: a nova unidade do Programa Casas Terapêuticas, na zona norte da capital.
E, para promover a integração das políticas públicas e o fortalecimento da rede de atenção integral à população LGBT+, a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual (CPDS), da Secretaria da Justiça e Cidadania, vai reforçar o auxílio a essas pessoas, divulgando a existência do equipamento em suas campanhas e atividades de sensibilização.
“A primeira unidade do Programa Casas Terapêuticas para os públicos feminino e LGBTQIA+ marca um passo significativo na promoção da saúde mental e bem-estar dessas pessoas, reafirmando o compromisso com a inclusão e o cuidado integral para todos. Vai servir como modelo para a criação de outras casas específicas para homens trans e gays”, afirmou o coordenador da CPDS, Rafael Calumby.
Uma das atribuições da CPDS, criada em 2009 pelo Decreto Estadual nº 54.032, é acompanhar programas, projetos e atividades de órgãos e entidades públicos do Estado, visando a efetiva atuação em favor do respeito à dignidade da população LGBT.
Deste modo, a coordenação vai contribuir com os trabalhos do novo equipamento e apoiar o desenvolvimento de atividades sobre educação em direitos, cidadania LGBT+, inclusão, geração de trabalho e renda aos atendidos.
O espaço, inaugurado na quarta-feira (20), pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS), destina-se ao tratamento da dependência química à população LGBT+ e mulheres, com uma longa vivência nas cenas abertas de uso.
Situado à Rua José Margarino, 184, em Santana, zona norte de São Paulo, oferece ambiente propício para a reabilitação e estabelece uma eficaz ligação entre o Plano Nacional para Pessoas em Situação de Rua e a Política Estadual sobre Drogas.
Como o programa funciona
As Casas Terapêuticas representam a resposta do Governo do Estado de São Paulo ao desafio da dependência química, especialmente concebida para o tratamento de pessoas em situação de rua provenientes das cenas abertas de uso, como a Cracolândia.
Esse novo programa foi estruturado em quatro fases distintas (Acolher, Despertar, Transformar e Caminhar), distribuídas em três casas terapêuticas diferentes (Casa Acolher, Casa Despertar e Casa Transformar), com a última fase, a Caminhar, indicando a reintegração na sociedade, o sustento próprio e a retomada da vida.
Ao todo, são oferecidas 45 vagas rotativas. Na fase inicial, os acolhidos passam por uma série de atividades, como aprendizado de habilidades sociais, terapias individuais, atividades socioeducativas e culturais, mentorias, entre outras práticas de autocuidado.
A fase intermediária enfatiza o desenvolvimento das potencialidades individuais, incentivando o retorno aos estudos e a entrada no mercado de trabalho, culminando na conquista da autonomia de renda e moradia.
Após esse estágio, o acompanhamento pela equipe técnica continua por, no mínimo, mais seis meses para prevenção de recaídas. O tratamento completo pode se estender por até dois anos.
Os encaminhamentos para a Casa Terapêutica feminina e LGBTQIA+ na capital paulista serão realizados por meio de órgãos como CRAS, CREAS, Centros Pop, CAPS, entre outros, sendo um serviço inteiramente gratuito.
O investimento total do Governo do Estado de São Paulo no programa ultrapassará R$ 2 milhões por ano.