Sede do Cravi agora chama-se Ives Ota
A sede do Centro de Referência e Apoio à Vítima, programa do Governo do Estado desenvolvido pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, localizada no Complexo Judiciário Ministro Mário Guimarães, em São Paulo, chama-se agora Cravi Ives Ota.
A homenagem oficializada na sexta-feira (22/05), em cerimônia realizada no local, foi proposta pelo governador Geraldo Alckmin ao menino sequestrado e assassinado aos oito anos de idade. O crime que comoveu o país aconteceu em agosto de 1997.
Compareceram autoridades e familiares de Ives, entre os quais a mãe, deputada federal Keiko Ota, e o pai, o vereador por São Paulo, Masataka Ota, que se mostraram visivelmente emocionados. “Em um momento em que todos pediam vingança, os pais de Ives saíram às ruas em favor da paz”, disse o secretário Aloísio de Toledo César.
Segundo o secretário foi do próprio governador Geraldo Alckmin, em conversa privada, a sugestão de dar o nome ao Cravi de Ives Ota. Para ele, a homenagem foi uma celebração de paz.
O casal Ota ressaltou o papel do Cravi e de suas nove unidades em prol do atendimento psicológico e jurídico à vítimas de crimes violentos. “Estou muito emocionada e feliz por saber que nossa luta está dando resultado. São valores que irão impedir que outros casos como esse se repitam. Essa homenagem não é apenas ao Ives mas a todos os filhos que se vão”, disse a deputada federal Keiko Ota. Para o vereador Masataka Ota, quem perde um filho, sabe que uma violência como essa faz as famílias chegarem ao final do poço”.
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado, José Renato Nalini, e a diretora do Complexo do Fórum da Barra Funda, Maria de Fátima Muniz de Oliveira, prestigiaram a cerimônia. Nalini destacou o papel da diretora na implantação das audiências de custódia. De acordo com ele, 47% dos presos em flagrante não deveriam estar no sistema carcerário. “O sistema que é intrinsecamente falho”, afirmou.
Nalini disse que o caminho adotado pelos pais de Ives Opta serve de modelo de superação. “ Quem perde um pai ou a mãe é chamado de órfão, mas quem perde um filho, isso não tem nome”, disse.
O Cravi
Silvano Tarantelli
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