Secretaria da Justiça e Cidadania promove reunião para tratar de eventos da Temporada Brasil-França de 2025
O secretário da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto, recebeu, nesta terça-feira (15), no Salão Nobre da Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), autoridades nacionais e internacionais, credenciadas para tratar dos eventos da Temporada Brasil-França de 2025, que serão organizados para a celebração dos 200 anos de relações entre os dois países.
Clima e transição ecológica, diversidade social e diálogo com a África, além de democracia e globalização equitativa, estão entre os temas a serem priorizados durante a Temporada, definidos previamente pelos presidentes do Brasil e da França em encontro especial realizado no ano de 2023.
Com etapas a serem desenvolvidas no Brasil e na França, o evento será multidisciplinar e inovador, segundo Gerson Damiani, professor da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Global Institute for Peace (GLIP). Presente à reunião, ele apresentou propostas sobre projetos a serem realizados, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) e o 3º Fórum Internacional Integrado, organizado pelo Estado de São Paulo em parceria com a USP.
“Nosso objetivo é colaborar com o governo de São Paulo para oferecer uma perspectiva do Estado, contando também com a participação do setor privado na realização de iniciativas sustentáveis. Todos trabalhando juntos em prol da justiça social e governança responsável”, destacou Damiani.
Para a ex-ministra da Justiça da França e titular da Cátedra de Estudos Ibero-americanos da USP, Christiane Taubira, é importante que se discuta o contraste entre a percepção internacional da Amazônia e a realidade vivida por seus moradores. “Existe a ideia de que precisamos proteger a Amazônia para salvar o planeta, mas muitos se esquecem que ela é vista como o ‘pulmão do mundo’ graças aos esforços de quem vive lá para preservá-la”, afirmou a ex-ministra.
Já Marike Paulsson, vice-presidente internacional do GLIP e secretária-geral do Conselho de Resolução Internacional de Disputas de Bahrein, enfatizou a relevância de tratar sobre os povos originários em escala global, citando a Índia como exemplo de país que tem implementado políticas eficazes para proteger sua população indígena. “Os governos têm a responsabilidade de garantir a proteção de seus povos”, afirmou a vice-presidente do GLIP.
O secretário Fábio Prieto acolheu as propostas com otimismo, destacando o papel da Coordenadoria de Políticas para a População Indígena (CPPI), vinculada à SJC, como uma ponte para fornecer informações sobre as condições dos povos indígenas em São Paulo. “A Coordenadoria tem investido em programas de geração de renda para melhorar as condições de vida dos mais de 55 mil indígenas que estão sob nossa responsabilidade. Além disso, essa inciativa vai reafirmar o compromisso da SJC com a cooperação internacional em temas como mudanças climáticas e proteção dos povos indígenas”, ressaltou o secretário.
O encontro contou também com a presença de Maristela Basso, advogada e professora de direito internacional da USP, e de Eduardo Marcelo Mistrorigo de Freitas, procurador de Justiça aposentado e 2º vice-presidente da Associação Paulista do Ministério Público (APMP).