Santo André inaugura unidade de coleta de perícias de DNA
A inauguração na sexta-feira (14/08), em Santo André, da 14ª Unidade de Descentralização das Perícias de Vínculo Genético, do Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo (Imesc), vai beneficiar as pessoas carentes da região que não podem se deslocar a São Paulo para fazer a coleta de DNA, necessária ao exame de comprovação de paternidade.
Serão beneficiados moradores de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, além de parte da Zona Leste de São Paulo.
O Imesc, ligado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, é um instituto de referência em investigação de paternidade na América Latina e no mundo.
As coletas de material genético serão realizadas em parceria com a Faculdade de Medicina do ABC, na sede da instituição, prédio do CEPES, Avenida Príncipe de Gales, 821, Bairro Príncipe de Gales, a partir de 2 de outubro deste ano, toda as sextas-feiras, com capacidade para fazer 20 coletas mensais.
As solicitações de exame de DNA para comprovação de paternidade, relacionadas à região, serão encaminhadas pelo Imesc para a Faculdade de Medicina, a partir das demandas do Judiciário. O público alvo são as pessoas de baixa renda que não podem pagar pelos exames.
Parcerias
A inauguração da 14ª unidade descentralizada do Imesc aconteceu na Casa da Advocacia da OAB de Santo André. A instituição lutou bastante para que ela fosse instalada na cidade. O primeiro passo, segundo o seu presidente Fábio Picarelli, foi fazer a solicitação ao Imesc que já possuía unidades em outras regiões do Estado, em seguida, foi preciso convencer o Consórcio de Municípios do ABC, a fazer de Santo André, o município sede da unidade. Por último, encontrar uma unidade hospitalar que pudesse fornecer a sua infraestrutura para o empreendimento. Para isso, Picarelli contou com a colaboração do Hospital Mário Covas, que indicou a Faculdade de Medicina do ABC.
Todo o processo demorou cerca de quatro anos, segundo o dirigente da OAB, mas apenas três meses foram suficientes para que o diretor da Faculdade de Medicina do ABC, Adilson Casemiro Pires, incorporasse a ideia e criasse condições para que a instalação da unidade fosse possível.
Para o secretário adjunto da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Madureira, a descentralização da coleta de DNA permite ao Governo do Estado ampliar esse serviço a outras regiões, para beneficiar as pessoas mais carentes. “Um exame desse tipo em laboratórios privados custa em média R$ 5 mil. O Imesc presta esse serviço gratuitamente”, disse o secretário.
O superintendente do IMESC, Sergio Maranhão, aponta a distância como fator que provoca ausências nas perícias e prejuízos. “Em razão da impossibilidade de ordem físico-financeira para o deslocamento dos moradores até a nossa sede, problema há muito identificado pelo IMESC, ocorre o não comparecimento às perícias agendadas, gerando prejuízos aos envolvidos, tais como, necessidade de reagendamento do exame pericial, nova intimação das partes, atrasando, consequentemente, as decisões judiciais.”
Maranhão agradeceu ao diretor da Faculdade de Medicina do ABC, Adilson Casemiro Pires, pela oportunidade da parceria. Ele destacou a importância da universidade “se voltar para os anseios da sociedade”.
O Imesc
O Imesc é considerado um dos maiores centros de investigação de paternidade do mundo. Além do serviço oferecido na capital, também realiza mutirões de perícias no interior e mantém unidades de atendimento descentralizado para a realização de exames de DNA. A investigação de paternidade é um dos serviços mais procurados pelo órgão. Em 2014, foram emitidos 10.249 laudos. Este ano, de janeiro a junho deste ano, foram emitidos 5.331 laudos.
Silvano Tarantelli
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
Coordenador de Comunicação
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