Inscrições abertas para curso de extensão sobre cidadania LGBT para servidores do SUS

Estão abertas as inscrições para o 5° curso à distância “A Conquista da Cidadania LGBT: a Política da Diversidade Sexual no Estado de São Paulo”. Exclusivo para os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), o curso de extensão oferece 700 vagas. Os interessados podem se inscrever até o dia 26 de julho.  AQUI.

Promovido pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio da Coordenação de Políticas para Diversidade Sexual, em parceria com a Secretaria da Saúde, o curso visa promover boas práticas de atendimento e contribuir para o enfrentamento à homofobia e à transfobia no sistema público de saúde em todo o Estado.

O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Aloisio de Toledo César ressalta a importância e os resultados alcançados. “Por determinação  do governador Geraldo Alckmim, estamos dando continuidade a política de respeito à diversidade sexual no Estado de São Paulo. Desde 2011 realizamos cursos na modalidade de ensino a distancia com uma resposta bastante favorável”, afirma.

“Muitas vezes o profissional não tem ideia do tamanho do dano que uma atitude preconceituosa pode causar”, explica a coordenadora do curso, Deborah Malheiros. A psicóloga Ana Maria Zabeu, do Centro de Atendimento de Infecções Crônicas de São Carlos, afirma que a resistência em utilizar o nome social no atendimento ao paciente LGBT causa constrangimento e humilhação e acaba afugentando esta população dos cuidados em saúde. O curso será realizado entre 31 de julho e 04 de setembro, e contará com tutores para acompanhar os cursistas. Para ter direito ao certificado, é necessário cumprir tarefas obrigatórias no ambiente virtual. O curso é dividido em quatro módulos e exige dedicação diária de uma hora por dia, aproximadamente.

 

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Reflexão e atitude

A coordenadora do curso cita a importância da educação continuada e observa que a discriminação no serviço público ainda ocorre, muitas vezes, por desconhecimento. “O curso estimula os profissionais a refletir sobre aspectos que nunca haviam pensado.Processos educativos instrumentalizam os servidores para que não discriminem o cidadão, sejam mulheres, idosos, dependentes químicos e, em especial, LGBT”, explica Deborah Malheiros. Para a coordenadora, a educação é um dos caminhos para enfrentar a discriminação; a outra via é a punição – o Estado de São Paulo pune a discriminação homofóbica e transfóbica por meio da Lei 10.948/01.

“Presenciei várias vezes médicos e equipe de enfermagem fazerem gracinhas”, desabafa a servidora Eliane Franch, de Araçatuba, que aprova a metodologia do curso. “Eu acho que deveria ser aplicado a todos os funcionários das esferas federal, estadual e municipal”, recomenda Eliane.

Mil profissionais da saúde passaram pelas primeiras turmas do curso – até o final de 2015 serão formados 4.500 servidores. A iniciativa do governo estadual estimula atitudes positivas no cotidiano dos servidores.

O agente de prevenção em DST/HIV/Aids e tecnólogo em gestão pública, Luiz Grande, relata que teve que intervir em uma situação em que uma idosa agredia verbalmente um homossexual: “Imediatamente eu fui conversar com ela. Temos como meta ensinar, multiplicar informações e mediar conflitos. E essa senhora entendeu perfeitamente o que expliquei sobre as ‘diferenças humanas’”.

A partir do curso, a psicóloga Ana Maria Zabeu, desenvolveu capacitações para profissionais da Santa Casa de São Carlos. O município também promulgou decreto instituindo o uso do nome social em todas as unidades de saúde e educação.

 

 

Karla Sanchez
Assessora de Comunicação
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
Governo do Estado de São Paulo
(11) 3291-2612

 

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