Diversidade e diálogo marcam roda de conversa sobre liberdade religiosa
Representantes de diferentes tradições religiosas se reuniram na manhã desta quinta-feira (8) para debater o respeito à diversidade de crenças, em uma roda de conversa promovida pelo Fórum Inter-religioso para uma Cultura de Paz e Liberdade de Crença, da Secretaria da Justiça e Cidadania, em parceria com a Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP).
Com o tema Liberdade Religiosa: Direito de Todos, o encontro foi realizado na sede da FEESP, na Rua Maria Paula, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, e integra as comemorações pelo Dia Estadual da Liberdade Religiosa, celebrado em 25 de maio. Estiveram presentes representantes do Budismo, Candomblé, Espiritismo, Judaísmo, Umbanda e Protestantismo.
“O Dia Estadual da Liberdade Religiosa é uma data de grande importância para refletirmos sobre o respeito e a valorização da pluralidade de crenças em nossa sociedade”, afirmou a professora Vânia Soares, coordenadora do Fórum Inter-religioso.
Para Roberto Magalhães, presidente da FEESP, o simples fato de estarem reunidos já representa um avanço significativo nesse sentido. “Cada um aqui representa algo importante. Defendemos o acolhimento, e isso é tanto um princípio da lei civil quanto da lei de Deus”, afirmou.
Carmen de Melo Maciel, representante do Candomblé, destacou que “a verdadeira liberdade religiosa está em promover o amor, a paz, o acolhimento e a convivência pacífica”.
Edgar Lagus, representante do Judaísmo, reforçou que respeitar a liberdade religiosa é respeitar a dignidade humana. “O radicalismo nos afasta uns dos outros e ameaça nossa convivência. Precisamos apostar na união, no diálogo e na paz.”
Jair Alves, protestante, comentou sobre a necessidade de fazer valer a legislação existente. “No entanto, a legislação pública nem sempre é suficiente, por isso destaco a importância de responsabilizar quem desrespeita a lei”, alertou.
Jean Jacques Algiere, representante do Budismo, observou que a intolerância religiosa nasce do desejo de impor uma única visão de mundo. “Quando alguém acredita que sua fé é a única legítima, nega o direito do outro de crer diferente.”
Evandro Cesar de Oliveira Fernandes, representante da Umbanda, enfatizou o valor de encontros inter-religiosos como este. “Precisamos aprender uns com os outros e absorver tudo aquilo que for bom.”