Educação em Direitos Humanos
Segundo Émile Durkheim, a educação é um processo em que o coletivo se sobrepõe ao indivíduo. Educação representa a inserção do educando dentro de um mundo social. Com relação à Educação em Direitos Humanos, o processo pedagógico não é diferente; trata-se da imersão de indivíduos dentro de um sistema de valores particular.
A diferença entre uma criança e um adulto, como argumenta Hegel em sua obra “História da Filosofia”, é que o adulto conhece mais as relações que o ligam à comunidade, os fatores coletivos que afetam sua individualidade. A criança não é mais livre que um adulto, pois ainda que menos inserida no mundo social que o adulto, ela tem menor consciência que este dos fatores que a determinam. O amadurecimento representa a tomada da consciência de si; somente na autoconsciência existe a liberdade.
A educação para a democracia implica o respeito à dignidade individual. Desde Kant, a dignidade do indivíduo é a própria condição de validade da razão, e é a base de todo o sistema ético moderno. As crianças não são objeto a ser condicionado pela educação; na educação para a democracia, elas são indivíduos detentores de direitos. Esse é o modelo elaborado pelo educador Paulo Freire.
Freire defende que a educação representa a possibilidade de indivíduos e comunidades de interagirem com o mundo. A inserção dos indivíduos que não passam por uma experiência verdadeiramente pedagógica priva-os da condição de sujeitos do mundo, incapazes que eles se tornam de perceber as questões de seu tempo. Para o educador, a verdadeira pedagogia possibilita que o homem exista no tempo, perceba as vicissitudes que ocorrem de um momento para outro e interaja com o mundo de modo que ele seja senhor de si. A educação é requisito da liberdade.
Assim, a Coordenadoria Geral de Direitos Humanos promove a educação em direitos humanos por meio de atividades/ eventos com temas relacionados ao respeito à dignidade humana, aos valores da liberdade, da justiça e da igualdade.