Conselho Estadual dos Povos Indígenas de São Paulo se reúne pela primeira vez em 2023

Em São Vicente, na Baixada Santista, o CEPISP realizou sua primeira reunião dentro da nova gestão estadual, com o apoio da Secretaria da Justiça e Cidadania para a efetiva interlocução com outras secretarias de estado, além da Defensoria Pública, Funai e demais entidades.

Nos últimos dias 8 e 9 de março, na Aldeia Paranapuã, mais de dez etnias que habitam as diversas aldeias de São Paulo (Tupi-Guarani, Guarani, Terena, Kaingang e Krenak), além de representantes de etnias de outros estados que habitam as cidades paulistas (contexto urbano), estiveram reunidas para tratar de assuntos muito caros aos povos originários.

Temas como educação escolar indígena, plano de carreira para professores indígenas e, principalmente, território, saúde e segurança alimentar fizeram parte dos debates da quarta-feira, dia 8/3, entre os conselheiros, e contaram com a participação do CIAI (Comitê Intersetorial para Assuntos Indígenas) no dia 9/3, para receber e dar encaminhamento objetivo aos pedidos e necessidades dos indígenas.

A Coordenadoria Geral de Direitos Humanos, por meio de sua coordenadora-geral, Patrícia Mannaro, representou a Secretaria da Justiça e Cidadania no evento, participando dos debates e realizando o alinhamento das políticas públicas necessárias para efetivar o que foi requisitado na ocasião: “Foi uma reunião muito produtiva e a presença da SJC reforça ainda mais o comprometimento do Estado com uma pauta de tamanha importância para fortalecer a cidadania dos povos originários”, concluiu Patrícia.


“A participação do CIAI realmente foi muito importante para nós”, confirma Cristiano de Lima Silva (Awa Kiririndju), Cacique da Aldeia Renascer e atual Presidente do CEPISP, “porque nossas demandas foram encaminhadas para efetivação, e as questões de segurança, que tanto têm nos preocupado, como invasões do nosso território por mineração ilegal, trilhas de motocross e ruas que brotam dentro dos nossos mangues, pela exploração imobiliária, além do descarte ilegal de agrotóxicos, bem próximo de nossas aldeias, foram comunicadas publicamente e divididas com todos os que realmente podem nos ajudar”, completa o Cacique.


Além da Procuradoria Geral do Estado, da Polícia Militar, da Fundação Florestal, das demais secretarias paulistas, de representantes da Prefeitura de São Vicente e de importantes universidades estaduais, agora todos os atores públicos e indígenas, unidos, poderão atuar claramente rumo à solução dos problemas dos povos originários. Várias reuniões secundárias e levantamentos técnicos já foram acertados para breve, com o acompanhamento relevante dos gestores públicos.

Governo do Estado de SP