“O Ser e Fazer de Adolescentes em Conflito com a Lei” foi tema de palestra no CRAVI

 

 

 

A primeira palestra realizada este ano pelo Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI) com o tema “O Ser e Fazer de Adolescentes em Conflito com a Lei “ contou com a participação 201 pessoas de diferentes áreas, entre elas, profissionais e estudantes de Psicologia, de Serviço Social, além de profissionais que trabalham com políticas de garantia de direitos para crianças e adolescentes.

O palestrante, Ricardo Rentes, graduado pela Universidade Fernando Pessoa de Porto – Portugal, mestre em Criminologia, Ciências Humanas e Sociais, apresentou algumas particularidades de sua pesquisa de mestrado.

 Para o especialista, os  desafios da assistência aos adolescentes em conflito com a lei tendem a ser submetidos com frequência à medidas de internação em estabelecimento educacional,  inserção de regime de semi-liberdade em comparação à medidas como reparação do dano e advertência.

Ao final, os participantes apresentaram suas considerações , discutiram dúvidas e receberam certificado de participação.

 

 O Cravi

O Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi) oferece atendimento público e gratuito a vítimas e familiares de crimes violentos como homicídio, feminicídio e latrocínio. De janeiro a dezembro de 2019, foram realizadas 2.486 triagens, acolhimentos e atendimentos. O número é considerado recorde para o período; aumento de 76% dos casos em relação ao ano de 2018, que contabilizou 1.406 atendimentos.

O programa realiza oficinas temáticas para divulgar os serviços oferecidos e proporcionar um espaço de sensibilização sobre temas relativos aos direitos humanos. Em 2019, foram capacitados 2.213 profissionais, aumento de 104% em relação ao ano anterior, que foram de 1.080 capacitações.

As atividades são direcionadas aos profissionais, servidores e estagiários das áreas de saúde, assistência social, direito, psicologia e educação que atuam no atendimento direto à população.

Entre os temas abordados estiveram: automutilação, importunação sexual, violência contra a mulher, dependência química, exploração e abuso sexual contra crianças e adolescentes, proteção à testemunha, suicídio e bullying, política nacional da assistência social e racismo.

O Cravi desempenhou atividades de acolhimento e atendimento psicossocial e jurídico às vítimas da tragédia da Escola Raul Brasil, que deixou 10 pessoas mortas. Desde 13 de março até o dia 25 de junho de 2019, foram realizados 17 plantões e 572 atendimentos individuais e rodas de conversa para alunos, funcionários, pais e professores, e visitas domiciliares para aquelas pessoas que não conseguiram ir à escola.

Assim como em Suzano, os técnicos do Cravi prestaram apoio psicossocial às famílias das vítimas de Paraisópolis, na capital. Os atendimentos ocorreram em dezembro, no CEU Paraisópolis. Foram realizados três plantões e quarenta atendimentos, entre familiares de vítimas e quem esteve no local. Os técnicos realizaram ainda três vistas domiciliares. 

O Programa passa por expansão. Foram inauguradas, em 2019, novas sedes em Suzano, Araçatuba, Santos, São Vicente e Barueri.

 

 

 

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