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Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de São Paulo (CPDCN)

O Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de São Paulo (CPDCN) tem como objetivo desenvolver estudos relativos à condição da comunidade negra e propor medidas que visem à defesa dos seus direitos, eliminação das discriminações e plena inserção na vida socioeconômica, política e cultural. 

A primeira ação política relevante na busca pela igualdade de direitos e de oportunidades para os negros foi a Frente Negra Brasileira, movimento de caráter nacional que se estruturou como partido político e foi extinto pela ditadura Vargas no final da década de 30. A partir de então, diversas entidades desenvolveram um conjunto de ações importantes na luta contra a discriminação racial.

O CPDCN do Governo de São Paulo foi o marco de uma nova forma de atuação no combate ao racismo. A partir de sua criação, surgiram grupos de especialistas que colocaram o seu conhecimento técnico-acadêmico à disposição da causa negra.

O Coletivo de Advogados Negros do Estado de São Paulo, por exemplo, foi o primeiro desses grupos a se organizar no Conselho, tendo imediatamente se envolvido no processo sucessório da OAB/SP, levando à criação da Subcomissão do Negro da OAB, hoje Comissão do Negro e de Assuntos Antidiscriminatórios.

Especialistas na área de educação, em atuação no Conselho, estruturaram uma assessoria junto à Secretaria de Educação e trabalharam na criação de material didático que respeita a população negra e diversidade de maneira geral, iniciativa pioneira no País.

Igual relevância teve no combate ao racismo no mercado de trabalho, capacitando especialistas sobre o assunto e editando as primeiras publicações sobre o tema no Brasil. A organização não governamental Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) deu os seus primeiros passos no Conselho.

Diversas entidades da sociedade civil, organizações governamentais e não-governamentais têm-se estruturado a partir da matriz do Conselho, como o Coletivo de Empresários e Empreendedores Afro-brasileiros (Ceabra), a Afrobras; o Centro de Integração Empresarial para Etnias e Grupos Historicamente Excluídos do Progresso Econômico do Brasil (Ciepeghepe), e a Fundação Cultural Palmares, entre outros.

 Atribuições

  1. Formular diretrizes e promover, em todos os níveis da administração direta e indireta, atividades que visam à defesa dos direitos da comunidade negra, à eliminação das discriminações que o atingem, bem como à sua plena inserção na vida socioeconômica e político-cultural;
  2. Assessorar o Poder Executivo, emitindo pareceres e âmbitos federal, estadual e municipal, em questões relativas à comunidade negra, com objetivo de defender seus direitos e interesses;

 III. Desenvolver estudos, debates e pesquisas relativos à problemática da comunidade negra;

  1. Sugerir ao Governador, à Assembleia Legislativa do Estado e ao Congresso Nacional a elaboração de projetos de Lei que visam assegurar e ampliar os direitos da comunidade negra e eliminar da legislação disposições discriminatórias;
  2. Fiscalizar e tomar providências para o cumprimento da legislação favorável aos direitos da comunidade negra;
  3. Desenvolver projetos que promovam a participação da comunidade negra em todos os níveis de atividades;

VII. Estudar os problemas, receber sugestões da sociedade e opinar sobre denúncias que lhe sejam encaminhadas;

VIII. Apoiar realizações concernentes à comunidade negra e promover entendimento e intercâmbio com organizações nacionais e internacionais afins;

  1. Elaborar seu regimento interno.

Como surgiu o Conselho?

O Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CPDCN) foi criado como resposta governamental às lutas empreendidas por diversas organizações negras ao longo do século 20. Dentre esses grupos destacam-se os reunidos em torno das publicações da Imprensa Negra Paulista (1915-1950), da Frente Negra Brasileira (FNB) (1930-1937), e do Teatro Experimental do Negro (TEN) (1944). Já na segunda metade do século XX – também reivindicando emancipação democrática e direitos civis, econômicos, políticos e sociais –, destacam-se o Movimento Negro Unificado (MNU) e outras entidades que fazem parte da construção do contexto político de surgimento do CPDCN.

Um pouco antes dessa segunda fase de surgimento de organizações negras, o País sofreu o golpe militar de 1964, que instaurou a ditadura militar. Movimentos sociais, lideranças religiosas de várias denominações, entidades estudantis e de trabalhadores de diferentes setores econômicos, grupos políticos progressistas somam-se à luta pela redemocratização, que começa a surtir efeito em meados dos anos 1970 e culmina com o fim da ditadura em 1985.

No caso específico das entidades negras, a agenda era ainda mais ampla, por incluir também o combate ao racismo, ainda distante de ser reconhecido pela Nação como problema estrutural de produção e manutenção das desigualdades no País e instrumento perpetuador da violência contra os negros.

Em 7 de julho de 1978, uma multidão formada por pessoas negras sai às ruas do centro de São Paulo e ocupa as escadarias do Teatro Municipal para protestar contra o assassinato do jovem negro Robson da Luz, morto por policiais e, portanto, pelo Estado brasileiro. Os participantes repudiam também a discriminação racial praticada contra quatro jovens negros, atletas de voleibol vinculados ao Clube de Regatas Tietê, impedidos de frequentar a piscina do próprio clube em que treinavam. O ato dá início a uma nova fase na luta de combate ao racismo no Brasil e motiva a fundação da entidade política nacional denominada Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial e Violência Policial (MNUCDRVP).

O MNUCDRVP reduziria, depois, seu nome para Movimento Negro Unificado (MNU) e alguns de seus fundadores despontam como personagens relevantes dos acontecimentos que culminaram com a criação do Conselho da Comunidade Negra. O ano de 1979 também torna-se emblemático. Em 28 de agosto, a Lei 6.683 é sancionada, concedendo anistia aos cassados pelo regime militar e aos integrantes do governo acusados de tortura. No dia 22 de novembro, foi aprovada a lei da reforma política, que restabelece o pluripartidarismo.

A criação

No ano de 1982, ocorre a primeira eleição direta para governador de Estado desde o golpe militar. Em 1983, o governador eleito por São Paulo, Franco Montoro, cria o Conselho Estadual da Condição Feminina (CECF)4, destinado a promover políticas públicas de gênero. A criação representa, naquele momento, uma inovação, pois pela primeira vez um órgão governamental era composto com os objetivos explícitos de combater as desigualdades de tratamento e de acesso às oportunidades existentes entre homens e mulheres, além de formular e promover políticas públicas em prol da participação e do desenvolvimento delas. Em 1984, lideranças negras, inspiradas com a criação do CECF e convictas da necessidade iminente de ações de combate ao racismo (cada vez mais explícito nos atos de violência policial e de discriminação racial no acesso ao mercado de trabalho), reivindicam a criação do CPDCN. Coube às lideranças e entidades negras a indicação da presidência e a escolha do nome, que passou a incluir as palavras Participação e Desenvolvimento, indicando as diretrizes, atribuições, características e os objetivos do CPDCN, ou seja, ampliar a participação democrática e promover o desenvolvimento da população negra numa sociedade dominada pelo autoritarismo e pelas práticas individuais e institucionais de discriminação racial.

O CPDCN foi o primeiro órgão governamental criado no País com a finalidade de combater o racismo e promover o desenvolvimento da população negra, articulando a política governamental às ações, reivindicações e à agenda político-social da população em geral e da comunidade negra em particular.

Foi instituído pelo Decreto nº 22.184, de 11 de maio de 1984, que criou o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra  

Lei nº 5.466, de 24 de Dezembro de 1986 – do Funcionamento do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra

  • Quais os objetivos do Conselho?

Desenvolver estudos relativos à condição da comunidade negra e propor medidas que visem à defesa dos seus direitos, à eliminação das discriminações que atingem e à sua plena inserção na vida sócio econômica, política e cultural. 

  • Como atua?

O Conselho realiza reunião ordinária na última sexta-feira de cada mês. A reunião é aberta ao público em geral, que tem direito a voz. Há, ainda, reuniões periódicas das Comissões específicas, com o intuito de fiscalizar e tomar as providências necessárias para o cumprimento da legislação favorável aos direitos da comunidade negra em todo o estado, bem como estudar formas de solucionar os problemas, denúncias e sugestões recebidas pela sociedade. 

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O colegiado é composto por 32 conselheiros sendo 22 representantes da sociedade Civil e 10 governamentais, eleitos para mandato de 4 anos.

A Eleição é realizada por meio de publicação no Diário Oficial de chamamento para entrega de currículos à sede do Conselho de interessados que devem ter envolvimento e trabalhos realizados em prol da promoção da igualdade racial em instituições reconhecidas. A seleção dos inscritos ser dá por comissão eleitoral de 5 pessoas notórias em trabalhos realizados pela causa negra, indicadas pelo Secretário de Justiça e da Defesa da Cidadania. Os 10 representantes governamentais são indicados pelas Secretarias de Governo. A eleição para presidente, vice-presidente e secretário é realizada pelos próprios membros do Conselho.

 

Membros do Conselho – 2020/2024

Gil Marcos Clarindo Santos- presidente

Maria Aparecida de Souza Costa Silva – vice-presidente

Agnaldo Benedito de Oliveira 

Antônio Carlos da Silva Barros 

Carlos Eduardo da Silva 

Clarina de Souza Genaro 

Decio de Oliveira Vieira 

Diego Gabriel Santana 

Eneas Silva dos Santos 

Flávia de Jesus Costa 

Jean Herbert Rodrigues da Rocha 

João Cesar Ferreira 

Lilian Raquel Pires 

Luciana Ribeiro Pena Peghim 

Luciano Alves de Lima 

Marcelo Oliveira Martins dos Santos 

Maria Cristina Silveira Prado Martins 

Marlene Alves da Costa 

Rosana Aparecida da Silva 

Roseli da Silva Santos 

Sandra Regina Baptista dos Santos Silva 

Wellinton Francisco de Souza Pereira 

 

Governamentais

Juliana Maria Ogawa- Casa Civil

Andréa Aparecida Prestes João – Secretaria da Justiça e Cidadania

Elisabel do Carmo Domingues Gomes Menezes -Secretaria de Desenvolvimento Social

Bruna Helena Souza Teixeira de Barros -Secretaria de Desenvolvimento Econômico

Eloy Miguel Silva de Oliveira- Secretaria da Segurança Pública

Gislaine Aparecida Camilo Flisch – Secretaria da Educação

Lígia Maria Carvalho Azevedo Soares – Secretaria da Saúde

Marcelo Igor de Souza – Secretaria da Cultura e Economia Criativa

Juliana da Silva Felisbino – Secretaria de Desenvolvimento Regional

Marcelo Bonilha Campos – Defensoria Pública do Estado

 

Comunicado

Assunto: Processo seletivo dos integrantes do CPDCN-SP para 2020-2024

Diário Oficial

Data: 20/03/2020

Medidas de contenção ao contágio da pandemia de Coronavírus

 

 

  • Lei 10.639 de 2003
    Download
    Obrigatoriedade de incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.  

  • Lei 12.288 de 2010
    Download
    Institui o Estatuto da Igualdade Racial

  • Lei 14.187 de 2010
    Download
    Dispõe sobre penalidades administrativas  a serem aplicadas pela prática de atos racias

  • Lei nº 5.466, de 24 de dezembro de 1986
    Download
    Lei de Criação do Conselho

2024

33ª Ata CPDCN reunião ordinária 23.02.2024

Ata reunião extraordinária 06.02.2024

32ª Ata CPDCN reunião ordinária 19.01.2024

 

2022/2023

ATA CPDCN – 11ª Reunião Ordinária – 26.11.2021

ATA CPDCN – 12ª Reunião Ordinária – 17-12-2021

13ª REUNIÃO ORDINÁRIA 28-01-2022

14ª Ata da Reunião Ordinária

15ª Ata da Reunião Ordinária

16ª Ata da Reunião Ordinária

17ª Ata da Reunião Ordinária 

18ª ATA REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN SP – 29-07-2022

19ª ATA REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN SP – 26-08-2022 (5)

20ª ATA REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN SP – 30-09-2022 (2) (2)

21ª ATA REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN SP – 04-11-2022 (3)

22ª REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN 16-12-2022 (1)

23ª Ata Reunião Ordinária – 27-01-2023 (1)

24ª ATA REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN SP – 24-02-2023 (1)

25ª Ata reunião ordinária cpdcn 29.03.2023

26ª Ata de 28.04.2023 1

27 Ata CPDCN 30 junho de 2023

28ª ATA REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN SP – 25-08-2023

29 Ata de reunião ordinária 29 de de setembro 2023

30ª Ata CPDCN reunião ordinária 27 de outubro

31ª Ata CPDCN reunião ordinária (1)

 

2021

ATA DE POSSE CPDCN 2021-2024 OFICIAL

ATA – PRIMEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN – 15.01.2021

ATA REUNIÃO ORDINÁRIA – 25-02-2021

ATA REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN-SP de 25-03-2021

ATA 4ª REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN-SP

ATA 5ª Reunião Ordinária CPDCN(1)

ATA – 6ª REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN-SP – 25.06.2021 (1)

Ata da 7ª Reunião Ordinária do CPDCN – 30.07.2021

Ata da 8ª Reunião Ordinária do CPDCN-SP – 30-08-2021

ATA 9ª REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN-SP

ATA 10ª REUNIÃO ORDINÁRIA CPDCN-SP 29-10-2021 (2)

 

Comunicado

Assunto: Processo seletivo dos integrantes do CPDCN-SP para 2020-2024

Diário Oficial

Data: 29 de agosto de 2020

 

Assunto: Processo seletivo dos integrantes do CPDCN-SP para 2020-2024

 

 

 

Comunicado

Assunto: Processo seletivo dos integrantes do CPDCN-SP para 2020-2024

Diário Oficial

Data: 01/07/2020

 

 

Comunicado

Assunto: Processo seletivo dos integrantes do CPDCN-SP para 2020-2024

Diário Oficial

Data: 20/03/2020

Medidas de contenção ao contágio da pandemia de Coronavírus

 

 

2019

ATA da 38 reunião ordinária

ATA da 39 reunião ordinária

ATA da 40 reunião ordinária

 

Edital

Processo de seleção – novos integrantes – 2020 a 2024

Processo de seleção – novos integrantes – 2020 a 2024

 

Conselhos Municipais

Endereço: Pateo do Colégio, 148, – Térreo – Cep: 01016-040

Telefone: (11) 3331-2946

Horário de atendimento:  9h às 18h

Email: cpdcn@conselhos.sp.gov.br

 

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