Secretaria da Justiça e Cidadania recebe Mães da Resistência para café da manhã

Na oportunidade, foram discutidas ações e iniciativas para a população LGBTQIAPN+

O secretário-executivo da Justiça e Cidadania, Raul Christiano, se reuniu, nesta quarta-feira (10/5), com representantes do grupo Mães da Resistência, um coletivo de familiares de pessoas LGBTQIAPN+ criado com o objetivo de trocar experiências, orientar e combater a discriminação. “São propósitos que vêm ao encontro dos trabalhos desenvolvidos na Secretaria, por meio da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual (CPDS), contra a LGBTfobia e pelo respeito a essa população, independentemente da orientação sexual e da identidade de gênero”, afirmou o secretário-executivo. “É uma alegria enorme receber vocês, mães, heroínas.”

A Secretaria abriu as portas para um café da manhã com o grupo, pela primeira vez, em um momento muito especial: a comemoração do Dia das Mães.

Foi oportunidade também de expor alguns dos planos da Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC) para ampliar e melhor qualificar o atendimento às pessoas LGBTQIAPN+. “Temos algumas lições de casa a cumprir nesse sentido e uma delas é promover a capacitação geral dos funcionários da Secretaria e das vinculadas”, disse.

Raul Christiano lembrou que São Paulo é pioneiro em leis que punem administrativamente a discriminação de negros, pessoas LGBTQIAPN+ e em razão da religião. “A Secretaria está comprometida com as políticas afirmativas.” Ele reconheceu os motivos para a preocupação das Mães da Resistência e a necessidade de ampliar as ações educativas para mudar esse cenário. “Uma questão que nos aflige é que o País mantém tradição de muito preconceito. Um preconceito que se transforma em violência. Por mais que respeitemos as posições de nossos filhos e os protejamos, não temos controle total sobre o comportamento da sociedade.”

O coordenador de Políticas para a Diversidade Sexual da SJC, Rafael Calumby Rodrigues, ressaltou a importância da lei estadual que combate a LGBTfobia, com punições que vão de advertência a multas. “Esta é uma secretaria de amplo acesso, plural e vamos avançar ainda mais”, garantiu Calumby. Também participaram do encontro a coordenadora geral de Direitos Humanos, Maísa Costa, e a presidente do Comitê Gestor do Fórum Inter-religioso, Vânia Soares.

“O convite para o encontro de hoje chega como oportunidade de falar do nosso trabalho, que é de mães que acolhem crianças, adolescentes e adultos LGBT. Estamos presentes em 16 estados, e precisamos expandir as ações para as áreas da saúde e educação, especialmente”, enfatizou Monalisa Godoy, membro da Coordenação de São Paulo do Mães da Resistência.

Na ocasião, foi apresentada a cartilha “Letramento para Mães que Resistem”, um guia para mães e familiares de pessoas LGBTQIAPN+. “A informação é de extrema importância e queremos que esse material chegue longe. Muitas mães não sabem de coletivos como esse, são mães que precisam desse apoio, desse colo, dessa escuta”, explicou Carolina Moraes, também da coordenação paulista. “Precisamos de apoio para imprimir e ampliar essa divulgação”, disse Kelly Cavallari, outro membro da coordenação.

Raul Christiano reconheceu a importância da publicação e complementou apontando a necessidade de expor o conteúdo, explicar detalhadamente até com outros instrumentos complementares, como palestras, podcasts, encontros. “O politicamente correto faz com que os usos e costumes em evolução sofram rejeição, taxado de chatices, mas tudo passa pela educação, compreensão dos valores e visões contemporâneas do todo à nossa volta. Não há como dizer hoje que há tempo de aprender no futuro; vamos aprender agora, pois o futuro chegou, o futuro é hoje”, defendeu o secretário-executivo da Justiça e Cidadania.

 

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