NETP participa de operação que prendeu quadrilha de tráfico de pessoas

O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), da Secretaria da Justiça e Cidadania, participou de uma operação de Força Tarefa interinstitucional destinada ao regate e acolhimento de adolescentes, vítimas de tráfico de pessoas (oriundas de Minas Gerais), estupro e corrupção.

A ação, que ocorreu nos dias 19 e 20 de fevereiro, foi coordenada pelo chefe da 1ª Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Liberdade Individual do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa), Luiz Davini.

Uma garota de 16 anos conseguiu escapar do cativeiro que era  mantida e vigiada por um homem que a obrigava a se prostituir. A jovem aproveitou uma distração do aliciador, correu para uma estação do Metrô nas proximidades e pediu ajuda a populares, que a orientaram a procurar a Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano). A Polícia Civil foi acionada, o sequestrador foi preso e mais duas jovens de 16 e de 19 anos foram libertadas.

De acordo com o delegado não havia trabalho por servidão, mas o aliciador se apropriava de todo o dinheiro arrecadado com a prostituição — as jovens eram levadas para as imediações de um hotel no bairro da liberdade região central da cidade, onde esperavam pela abordagem de clientes. 

O responsável pelo NETP, Ricardo Alves, providenciou junto ao Conselho Tutelar, o abrigamento das menores e também entrou em contato com a Secretaria da Assistência Social  de Minas Gerais  para eventual retorno das vítimas.

Segundo o especialista, muitas vítimas não denunciam a exploração por medo ou vergonha.  “O tráfico de pessoas é um crime subnotificado, as pessoas não tem consciência de que estão sendo aliciadas.  Nós alertamos as autoridades que tenham um olhar diferenciado em muitas situações que podem parecer um delito comum, exemplo cárcere privado, briga de família, violência contra a mulher, para detectar possíveis situações de anormalidade”, concluiu.

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